sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Justiça Divina via Sedex?



Não entendeu? Leia este post:


TJ gaúcho mantém absolvição de mulher que apresentou carta psicografada como defesa
O advogado de
Iara, Lúcio de Constantino, disse que entre os documentos que foram
entregues ao integrantes do júri popular pela defesa estava essa carta
psicografada, escrita por um médium de um centro espírita. A carta
teria sido ditada pelo próprio Ercy e não indica quem seria o autor dos
disparos, mas daria a entender que Iara era inocente. De acordo com a
Federação Espírita do Rio Grande do Sul, a psicografia é uma ciência
reconhecida e pode ter valor jurídico.



Ainda bem que ela não pesa o mesmo que  um pato, ou seria mandada pra fogueira.


14 comentários:

Amberson 13 de novembro de 2009 12:26  

Devem achar isso lá no RS por haver ainda muitos processos pendentes de desapropriação de terras no céu depois da reforma protestante banir a venda de indulgências.

@UnasRiseth,  13 de novembro de 2009 12:28  

Ok. Voltamos ao séc. XVI. É melhor a acusação chamar o Irmão William of Baskervile pra solucionar este caso...

Vinny 13 de novembro de 2009 12:34  

Em todos estes anos trabalhando nesta indústria vital, esta é a primeira vez que vejo tamanho absurdo ser feito.

Se já foi para o TJ, é porque foi recurso da acusação. Não duvido nada que recorram até chegar ao STJ. E se mantiverem a sentença eu vou perder de vez minha esperança neste país...

Fabiane 13 de novembro de 2009 12:37  

Sei não, hein? Acho que é possível que ela pese o mesmo que um pato. Afinal, falar com mortos é algo sobrenatural, digno de bruxaria.

Nidia Oliveira 13 de novembro de 2009 12:41  

A Justiça realmente se depara com cada situação. Cabe ao julgador e o MP estar atentos a seriedade das provas, uma vez que, em crimes contra a vida, é o juri quem decide pela condenação ou não.
Vi casos em que a polícia sabia e tinha provas contra o possível autor, mas ele não confessava, a reconstituição dos fatos do momento do crime não batia, quando então surgiu uma carta psicografada da possível vítima contando como foi. Só estavam presentes no local a vítima e o assassino. O advogado de defesa, ao ter acesso a carta e mostrar ao seu cliente, ele (cliente) chorou e confessou tudo em juízo no dia da audiência.
O que quero passar é, mesmo que a carta psicografada fosse real, seria ela única e suficiente para condenar uma pessoa? Acho que não, caso contrário a credibilidade de nossos Tribunais ficaria pior do que já está... Espero que não tenha sido este o caso, assim, desistiria de todo o meu tempo de estudos de ciências jurídicas e iria vender picolé na praia. Esta é a minha opinião!

Roberto 13 de novembro de 2009 13:09  

Cardoso, concordo que uma decisão dessas do Tribunal é muuuuuito controversa, já que, atualmente, como a ciência ortodoxa é a única, de fato, reconhecida como "válida", a psicografia, que é algo ainda muito do campo religioso, pode abrir precedentes pra todo tipo de esquisoteria. Porém, ceticismo absoluto, pra mim, é imprescindível em QUALQUER coisa. E o ateísmo, atualmente, é tão fanático quanto qualquer religião. "Se a ciência não prova, então não é verdade"; "Deus existe", se analisar bem, estão praticamente no mesmo lugar, não acha? Há séculos atrás, ninguém acreditava que existiam vírus e micróbios, até ser possível detectá-los através de microscópicos que inventamos. Mas não muda o fato de que nossos sentidos básicos (audição, visão, paladar, tato e olfato) continuam sem poder detectá-los. É uma coisa extremamente pessoal, mas eu afirmo uma coisa: não se pode provar se existem ou não espíritos - AINDA. A ciência ortodoxa vai ter que evoluir bastante pra podermos concluir qualquer coisa, pois atualmente ainda é tudo na base dos achismos.
Como diria o poeta, "existe bem mais entre o céu e a terra do que imagina nossa vã filosofia..."

Hugo Meira 13 de novembro de 2009 13:14  

Vou utilizar esta imagem no meu próximo post, com link para aqui, espero que não se incomode ou se oponha.

Parece um absurdo esta decisão, mas há outro enfoque diferente do conflito direito x religião que a legitima.

Obrigado.

Antonio Carlos F Pontes Junior 13 de novembro de 2009 21:36  

E existe uma entidade reguladora dos psicografistas?

Na verdade, seria uma ótima um psicografista twitteiro (só recebe mensagens de até 140 caracteres)...

Anunciação 13 de novembro de 2009 23:59  

Parece até piada de mau gosto.Como um tribunal chega a esse ponto!?

@italojunior 14 de novembro de 2009 14:59  

Puta que pariu! Se essa moda pena o que vai ter de falecido escrevendo carta.... HAUHAUAHAHU!!!!!

Depois ainda dizem que tuo acaba depois da morte.

Fernando 15 de novembro de 2009 19:49  

"De acordo com a
Federação Espírita do Rio Grande do Sul, a psicografia é uma ciência
reconhecida e pode ter valor jurídico."

#standupbr?

"E o ateísmo, atualmente, é tão fanático quanto qualquer religião. "Se a ciência não prova, então não é verdade"; "Deus existe", se analisar bem, estão praticamente no mesmo lugar, não acha?"

Não. PRÓXIMO!

"Depois ainda dizem que tuo acaba depois da morte."

EUheuHEuHEuHEUhe

Arthurius Maximus 16 de novembro de 2009 11:18  

Pode ser surpresa, mas este não é um caso isolado e nem foi o primeiro. As "testemunhas do além" já libertaram acusados em vários julgamentos. Há inclusive um caso célebre na justiça brasileira (acho que nos idos da década de 1960) que o próprio Chico Xavier depôs pelo espírito de um rapaz assassinado e absolveu o acusado.

O caso foi tema até de um programa de TV (Linha Direta) faz um tempinho e é caso de estudo em inúmeras universidades de direito.

Particularmente acho que soa como aqueles velhos filmes onde Deus era julgado e um velhinho fumando charuto representava o "Divino". Tais provas, pela óbvia impossibilidade de confirmação jamais poderiam ser aceitas.

Rocky Balboa 16 de novembro de 2009 15:29  

essa não foi a primeira vez que isso aconteceu http://migre.me/bIwt, e apesar de não acreditarem e até ridicularizar o assunto, isso é bem válido desde que venha de uma fonte confiável...

Gleds 17 de novembro de 2009 00:19  

Roberto, como você mesmo disse "Há séculos atrás, ninguém acreditava que existiam vírus e micróbios, até ser possível detectá-los através de microscópicos que inventamos."

Quando inventarem algo que dê credibilidade a cartas psicografadas, deuses e outras coisas do tipo, ficaremos felizes em dizer "a ciência prova que deus existe".

Virus e bactérias não só existem como atuam diretamente na sua vida, tanto para o seu bem quanto para o seu mal. Mesma coisa acontece com deuses, né? Correto, mas "ainda" não foi provado se eles existem ou não.

Na dúvida? Duvide!

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